- Eu vou embora. - soltou, com aquela voz gelada de fúria contida. Não olhou diretamente nos olhos dele, ficou contando os dedos dos pés.
Num dia, era uma mulher. Falava como se as palavras fossem notas musicais, suspirando melodias. Seu olhar tinha um brilho intenso de promessas absurdas. Era mais, um pouco e sempre mais.
- Pensando melhor, vá embora você. - e abriu a porta de casa, empurrando com pressa o homem que estava parado à sua frente, perdido e sem pressa nenhuma.
No outro dia, outra mulher. A cansada, preguiçosa e pavorosa. Que perdeu de repente todo o fulgor e o calor que emanava do seu corpo. A que agora acorda o homem ao seu lado aos gritos e o tranca para fora de casa, nu, surpreso e desprevenido.
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1 opiniões:
Imagino o quanto disso já passou pela sua cabeça, e em que momentos. :)
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