sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

lótus

Eu te quero. Não, pensando bem, não te quero. Quero é tudo isso que te forma. Sim, toda essa calma, todo teu brilho. Quero o jeito com que lida com a vida, as tuas manias, teus vícios. A materialização do teu ser junto do meu, é possível? Então na verdade eu te quero, quero te engolir, quero ter você pulsando nas minhas veias, presente em cada ramificação do meu corpo, cada respiração. Quero te ter em toda a plenitude, todo o excesso, para me fartar até não poder mais e quando chegar a hora em que tudo acaba eu acabe no chão, desgastada, enquanto você vai embora pelo sopro, deixando dolorosamente minhas veias secas, sem vida, sem sopro, sem nada.

3 opiniões:

Anônimo disse...

Aah, como eu adoro essa escrita ardente! Overdoses de paixão pra gente, Taís!

Tais G. Faraco disse...

overdoses, minha cara, overdoses, que minha alma precisa sair da mesmice!

Mateus Lima disse...

visceral !


(lindo o novo layout do blog)

 

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