sábado, 17 de setembro de 2011
relato sobre o amor
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Escrito -
Tais G. Faraco
Um dia, descobriu: haviam mumificado o amor. Ele já tinha se esvaído do coração dos nobres, morto, sem gosto nem cheiro. E só restaram as cinzas, ah! outrora cinzas de fênix...Manteve-se a morte para eternizar a beleza. Que beleza, senão a amarga realidade da decomposição? Banhou-se o amor em empirismo, gestos e dúvidas para resguardar esses olhos reveladores da alma, mas por dentro estão podres, estão podres porque há muito já morreram. E essa podridão comicamente perturbadora consumiu os nobres a tal ponto que se esqueceram que é do adubo que nasce a mais singela forma de vida.
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